REVITALIZAÇÃO DO MUSEU DE MORFOLOGIA DO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS MORFOLÓGICAS DA UFSC

AUTORIA DE: Gabriela Roecker Schleicher1, Alice de Cassia Jacomassi Sampaio2, Carine Paulo3,
Christopher Nedel Christofoletti1, Thiago Medeiros Rocha1, Diego Martins1.

1. Departamento de Ciências Morfológicas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil.
2. Coordenadoria Especial de Museologia, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil.
3. Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil.

Autor correspondente: gabrielaschleicher@gmail.com

Introdução:  Museus de morfologia possibilitam explorar a diversidade biológica em diferentes culturas e regiões do mundo. Devido à proximidade com o ambiente acadêmico é comum encontrar tais espaços dentro de universidades, sobretudo em laboratórios de anatomia. O Museu de Morfologia do Departamento de Ciências Morfológicas da Universidade Federal de Santa Catarina atualmente é palco de projetos de extensão, como a visitação de escolas da região. Todavia, tal espaço atualmente não possui a estruturação lógica e característica de um Museu, segue como um espaço com relativo potencial, porém figura como um grande agregado de acervos sem normativas.

Relato de experiência: Objetivou-se relatar o processo de revitalização do Museu e torná-lo mais eficiente e atrativo para os visitantes. As atividades iniciaram com o reconhecimento do acervo e do espaço, limpeza e organização dos suportes de expografia, e fotografias iniciais para dar início à documentação. Na sequência fora construído um livro-tombo para registro das peças existentes e também foram elaboradas fichas dediagnósticos das peças, para analisar a situação em que se encontravam. Ainda dentro da etapa documental foram elaborados os números de registros, anexando fotos das peças antes da higienização, medidas, histórico, técnica de conservação e um anexo de ficha de restauro. Para salvaguardar as informações do acervo, um modelo de ficha de catalogação foi criado com campos pensados para as particularidades do acervo, e se iniciou o processo de disponibilização das informações através do Tainacan®. Após se iniciou a troca de soluções de formaldeído das vidrarias diversas. As soluções foram descartadas, os vidros higienizados. As peças anatômicas que estavam nas vidrarias estão em processo de glicerinização, onde primeiramente as mesmas serão desidratadas com álcool em diferentes concentrações (70%, 80% e 90% álcool etílico P.A. Dinâmica Química®) e por fim serão fixadas com glicerina vegetal bidestilada USP (Quimidrol®). Algumas peças já estão prontas e outras em processo de fixação, a vantagem do uso da glicerina seria a substituição das soluções de formaldeído, tornando o ambiente mais salubre.

Conclusão: O Museu passa por uma grande readequação, e aos poucos deixa de ser apenas um espaço genérico com peças anatômicas diversas reunidas. Iniciou-se o processo de catalogação e melhoria da comunicação, além de proporcionar um espaço seguro e mais atrativo aos visitantes.

Descritores: Museu. Morfologia. Laboratório de anatomia. Reestruturação. Relato de experiência.