Nos dias 2 e 4 de setembro de 2025, o LAMEM marcou presença na 25ª Semana da Biologia, ministrando uma oficina anatômica com o tema Angiotécnicas em coração de frango (Gallus gallus domesticus, Linneus 1758).

A atividade foi ministrada pelo orientador e Técnico em Anatomia e Necropsias, Thiago Medeiros Rocha, com a participação especial do Professor Dr. Guilherme Renzo Rocha Brito, que apresentou aspectos da anatomia de aves, e monitorada pelas extensionistas Valenthina Baptistoti Sá e Maria Eduarda Silva Varela, graduandas do curso de Ciências Biológicas.

O encontro contou com a participação ativa de 14 estudantes de Ciências Biológicas, que realizaram práticas de angioarquitetura, aprofundando seus conhecimentos em anatomia.

O LAMEM agradece a oportunidade de participar do evento e parabeniza os estudantes que contribuíram para que a anatomia acontecesse de forma prática e envolvente.

Abaixo disponibilizamos algumas fotos tiradas durante a oficina! Para mais informações acesse @tecnicas_anatomicas no Instagram.

Entre os dias 29 e 31 de maio de 2025, o LAMEM marcou presença no II Congresso de Anatomia do Vale do Paraíba, realizado em Pindamonhangaba, São Paulo. Representaram o laboratório os professores e Técnicos em Anatomia e Necropsias Thiago Medeiros Rocha e Cristopher Nedel Cristofoletti, além da extensionista e graduanda em Ciências Biológicas Maria Eduarda Silva Varela.

A participação trouxe ótimos resultados: após a apresentação dos resumos, a equipe recebeu a notícia de duas menções honrosas e uma premiação.

Os trabalhos reconhecidos com menção honrosa foram: Parafinização como técnica de conservação macroscópica do encéfalo: um relato de experiência e Montagem de esqueleto de golfinho utilizando técnica de parafinização e reconstrução óssea. Já o trabalho Cabeça acessória do músculo bíceps braquial, com origem no tendão do músculo peitoral maior: um relato de caso conquistou o 3º lugar na premiação geral.

O LAMEM parabeniza todos os autores e envolvidos por levarem o nome do Laboratório de Manutenção de Esqueletos e Macromodelos e do Centro de Ciências Morfológicas a mais essa conquista!

Você sabia que os primeiros cirurgiões/anatomistas eram classificados na mesma categoria que barbeiros?

Na Idade das Trevas, as práticas consideradas mecânicas eram colocadas no mesmo patamar. Ou seja, você poderia ser um cirurgião tentando curar alguém ou um barbeiro cuidando para não ferir seu cliente com a lâmina — e não haveria distinção na forma de interpretar essas atividades. Ambas eram consideradas parte das chamadas “artes mecânicas”.

Mas então os cirurgiões da Idade Média não eram considerados médicos?

A resposta é: não. Na antiguidade, os médicos eram chamados de “físicos” e se limitavam a observar e tratar enfermidades externas, sem entrar em contato com o interior do corpo dos pacientes. Além disso, os barbeiros também eram considerados cirurgiões, o que gerava uma mistura de profissões; assim, você poderia exercer ambas as funções sem que isso gerasse consequências éticas ou morais.

Isso acontecia porque, na Idade Média, os trabalhos manuais eram considerados inferiores aos trabalhos intelectuais — “limpos”, que não envolviam sangue nem carne — e, por isso, muito mais valorizados. Assim, havia um forte preconceito contra o estudo da anatomia, e o cirurgião/anatomista era frequentemente associado à figura da morte e às condições desagradáveis que ela implicava.

A mudança nesse cenário exigiu uma nova forma de interpretar as artes mecânicas no contexto da construção do conhecimento. No caso da anatomia, essa transformação começou com a publicação da obra De humani corporis fabrica, de Andreas Vesalius, em 1543, no século XVI. Suas ilustrações davam a impressão de movimento aos cadáveres, trazendo à anatomia o ar humanizado que até então lhe faltava. 

Além disso, Vesalius defendia a presença dos médicos na prática cirúrgica, acreditando que a separação entre as artes mecânicas e os trabalhos intelectuais havia causado um grande atraso às ciências médicas na Antiguidade. Somente em 1730, no século XVIII, na França, a cirurgia passou a ser reconhecida como uma “arte liberal e científica”, desvinculando os cirurgiões dos barbeiros, e abrindo espaço para o desenvolvimento da anatomia como ciência aplicada à saúde humana.

A segunda placa dos músculos, do Livro II do De humani corporis fabrica, 1543.

Referências do texto:

ABREU, Jean Luiz N. Os estudos anatômicos e cirúrgicos na medicina portuguesa do século XVIII. Revista da SBHC, v.5, n.2, p.149-158. 2007.

Instituto Ávila – Por que os cirurgiões eram chamados de Barbeiro?

Referência da imagem:

Meisterdruke – Andreas Vesalius

Por: Maria Eduarda Silva Varela – discente do curso de Ciências biológicas

Por: Thiago Medeiros Rocha – Técnico em Antomia e Necropsia

Por: Thiago Medeiros Rocha – Técnico em Anatomia e Necropsia

O cérebro talvez seja o mais mole dos tecidos moles do corpo humano — e, por isso, é um órgão que tende a se decompor rapidamente após a morte, transformando-se em um líquido que desaparece, restando apenas o crânio.

O mistério dos cérebros preservados por milênios de forma natural – BBC News Brasil Daí o fascínio da antropóloga forense Alexandra Morton-Hayward em desvendar milhares de casos de cérebros que foram conservados praticamente intactos durante centenas de anos, ou até mesmo milênios, em alguns casos.

A professora do Departamento de Geociências da Universidade de Oxford, no Reino Unido, liderou uma pesquisa para derrubar a crença de que cérebros perfeitamente preservados são uma descoberta arqueológica extremamente estranha.

Na verdade, graças ao seu estudo, foi possível verificar que os tecidos nervosos persistem em abundância muito maior do que se supunha anteriormente, auxiliados por condições específicas que contribuem para evitar sua putrefação. O estudo, publicado na revista científica da Royal Society — uma das principais organizações científicas do mundo —, compilou uma amostra de mais de 4 mil cérebros humanos que aparecem em mais de 200 registros, incluindo alguns que datam de meados do século 17.

Reportagem completa no link abaixo.

https://www.bbc.com/portuguese/articles/cv204xgj190o

Por: Thiago Medeiros Rocha – Técnico em Anatomia e Necropsia

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Fonte: Curso de Técnicas Anatômicas: Osteotécnicas – 2º Edição.

Por: Thiago Medeiros Rocha – Técnico em Anatomia e Necropsia