O que são Osteotécnicas

Esqueleto de pombo doméstico (columba livia). Acervo Museu de Morfologia-MOR-CCB-UFSC.
As osteotécnicas são um conjunto de métodos importantes para preparar e conservar ossos e esqueletos, especialmente para uso em ensino.
Elas incluem processos como maceração, desengorduramento, clareamento e diafanização.
Essas técnicas são essenciais para garantir que os ossos estejam em boas condições para serem estudados e manuseados em salas de aula e laboratórios.
- Maceração: etapa utilizada para a remoção dos tecidos moles que estão aderidos ao osso. Geralmente, o osso é colocado em um recipiente contendo água por vários dias, até que os tecidos orgânicos se decomponham.
- Desengorduramento: processo que consiste em remover a gordura do interior dos ossos, seja por meio de fervura ou pelo uso de emulsificantes.
- Clareamento: A etapa que consiste em aplicar produtos químicos que irão clarificar os ossos. O produto químico comumente utilizado é o peróxido de hidrogênio.
- Diafanização: Processo que permite o estudo dos ossos de pequenos vertebrados. Na diafanização, são aplicadas técnicas que permitem a visualização dos ossos através dos tecidos orgânicos.
Antes de iniciarmos a explicação das osteotécnicas, é necessário conhecer as formas de obtenção dos ossos humanos.
Normalmente, os laboratórios de anatomia humana contam com corpos humanos utilizados em aulas práticas. Esses corpos são obtidos por meio de doações dos familiares ou através de convênios estabelecidos com órgãos estatais, como Institutos Médicos Legais (IML) ou Serviço de Verificação de Óbitos (SVO).
Também é possível adquirir ossos provenientes de sepultamentos, os quais são obtidos por meio de doações de familiares do ente inumado. Cada uma das formas citadas exigirá uma limpeza prévia para aplicação das técnicas anatômicas.
Esta limpeza será dividida de acordo com a forma de obtenção do esqueleto, e essas etapas serão descritas no processo de maceração.