RELATO DA MONTAGEM DE PÉ HUMANO NO 2º CURSO DE TÉCNICAS ANATÔMICAS: OSTEOTÉCNICAS
AUTORIA DE: Sabrina Albrecht Kraisch1, Maria Eduarda Silva Varela1; Bianca de Andrade Lopes1; Christopher Nedel Christoffoletti1; Diego Martins1.
1. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil.
Autor correspondente: sabrina.kraisch@gmail.com.
Introdução: O Laboratório de Manutenção de Esqueletos e Macromodelos (LAMEM) localizado no Laboratório de Anatomia da UFSC, é responsável por diversas atividades, como dissecação, produção, restauração de peças anatômicas humanas/animais, e também desenvolve projetos de extensão acadêmica. No final do mês de junho de 2024 promoveu o 2º Curso de Técnicas Anatômicas: osteotécnicas, de cunho teórico-prático.
Objetivo: elatar a experiência de montagem de pés humanos no curso supracitado.
Relato de Experiência: No primeiro dia houve revisão de anatomia osteológica, com enfoque sobre os ossos do pé, acidentes ósseos específicos e como estes se articulavam entre si. Na sequência, os cursistas foram divididos em duplas, e cada qual recebeu uma meia de algodão que continham no seu interior ossos exumados. Abrimos a meia com uma tesoura íris número 12 (Cooperflex®) e separamos cada osso numa bancada, após higienizamos os ossos com água, sabão e escovas, finalizando com a imersão por 2h em solução de peróxido de hidrogênio a 5% (Labitech®). Quando terminada a limpeza, colocamos estes ossos em uma estufa (Laborglas®) para secagem por 2h a 30º C. No segundo dia de curso, aprendemos técnicas de montagem de esqueletos as quais foram colocadas em prática. Retiramos os ossos da estufa e iniciamos a montagem, utilizamos chave de fenda adaptada Philips (Onsite®) para fazer marcações nos ossos. Após com uma furadeira/parafusadeira 50/60Hz (Vonder®) de broca de 1 e 1,5mm, realizamos furos nos ossos individualmente em direções que pudessem fazer conexões entre os diferentes ossos do pé. Com os furos já executados, utilizamos fio de arame ortodôntico de 0,5 mm (Morelli®) para a união entre os ossos, as pontas do arame foram enroladas com um alicate bico redondo número 5 (Tramontina®) para fixar na posição anatômica do pé. Nos locais em que era necessário haver espaço entre os ossos, como entre os metatarsos e dedos, moldamos o arame em formato de uma mola justa, com a ajuda de uma guia improvisada, usando um arame rijo de 3mm. Ao final desse processo obtemos um esqueleto de pé humano, como haviam 5 duplas, ao todo foram produzidos 5 pés articulados.
Conclusão: As práticas realizadas permitiram o entendimento aprofundado da anatomia do esqueleto do pé humano, além da compreensão da complexidade do preparo e montagem, fazendo-nos valorizar ainda mais a atividade técnica e a produção de peças didáticas, motivando a entrada nos projetos de extensão desenvolvidos no laboratório.
Descritores: Técnicas anatômicas. Osteotécnicas. Esqueleto do pé.
Apoio Financeiro: Programa de Educação Tutorial da Biologia (PET UFSC).